Viaje comigo um pouco pela história… antes da conhecida ‘revolução industrial’ a vida da família acontecia em torno da própria casa, tínhamos uma sociedade mais agrícola. Tudo acontecia em torno da família e toda a família se envolvia no ‘negócio’ da família.
A revolução industrial tirou os homens do trabalho no campo para a fábrica. A vida familiar mudou drasticamente. A família já não estava tão envolvida na conquista do sustento. A mulher ficava em casa cuidando dos filhos, agora sozinha, esperando o homem chegar para resolver as questões pendentes com a educação dos filhos.
As ‘guerras mundiais’ tiraram os homens das fábricas e foram substituídos pelas mulheres. As mulheres se organizaram em relação aos filhos providenciando algo parecido com uma creche. Agora, a educação dos filhos havia sido ‘terceirizada’. As mulheres começaram a se desenvolver profissionalmente e agora com uma questão: como administrar a família. O homem se distanciou ainda mais da família. Ao término das guerras os casais se depararam com a transformação da vida familiar.
Não muito tempo atrás, ainda se via isso na minha vizinhança. Uma família do nosso bairro era conhecida como ‘a família do ferreiro’. No pequeno sítio o pai tinha a sua ferraria, onde fazia ferramentas, cuidava da ferradura dos cavalos, etc. Tudo isso junto a casa e até debaixo do mesmo teto. A esposa atendia as pessoas no portão ou elas entravam diretamente para a ferraria. Eles tinham as três refeições em família. Os filhos ajudavam os pais no que era possível, varrendo o chão, limpando as ferramentas, etc. A vida e o sustento da família acontecia em torno da casa.
Hoje isso não é mais assim. Como podemos ter uma família forte na estrutura em que a nossa sociedade vive?